quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Johnny Mnemonic"


Acabei de ler esse conto do William Gibson pela internet, autor que inspirou o filme "Matrix". O cara é um grande representante do cyberpunk-noir e criador da temática da era da informação antes mesmo do auge da internet. O que gosto dele é que seus livros são tão cheios de luzes, velocidade, termos da informática, dinamismo, transmissões, dualidade virtual x real... que a imaginação fica solta e indecisa.

Johnny Mnemonic não é exceção. O livro conta sobre um traficante de dados que é pago para armazenar informações confidenciais em sua cabeça por meio de um sistema implantado pela cibernética. Ele desconhece todo o conteúdo que carrega e a senha de acesso apenas o comprador do serviço sabe.

A história começa com um encontro do Johnny com um cliente em dívida em um bar, onde ele lança uma ameaça caso não pague logo. Daí desenrola toda a confusão e inicia a busca do Johhny para se livrar das memórias de ex-clientes que carrega, ou seja, começar a viver apenas com as suas próprias memórias.


É uma ótima leitura para os que gostam de uma ficção científica cyberpunk rápida recheada de tech-noir: sintetizadores, mulheres com calça de couro preto, unhas-lâminas, fuga de comerciantes, submundos escuros de anti-tecnologia e senhas inalcancáveis. Tem apenas 17 páginas e foi motivo de um filme (vagamente inspirado) em 1995, com o ator Keanu Reeves.

Gostei bastante da leitura. Alegrou minha noite e alimentou minha imaginação. Aí embaixo está uma parte do filme que mostra a primeira cena na qual um hacker precisa hackear sua própria mente. Ah, prometo que a próxima postagem não será sobre algum livro de ficção científica (sim, eu leio outras coisas).


Boa noite,
Camila.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"A Ilha do Dr. Moreau"

Boa tarde,

Quis ler esse livro mais pelo fato de ser um clássico da ficção científica do que pelo meu gosto pelo autor: o H.G. Wells, lançador de grandes temas científicos como invasões alienígenas, manipulações genéticas e viagens no tempo. Até agora esse é o meu livro favorito dele entre os três que eu li.

Ele conta a aventura, ou melhor, a desventura, de um homem chamado Prendick que chega a uma ilha desconhecida depois de um naufrágio. O lugar é destinado a experiências do médico Moreau, onde ele se isola do mundo para criar seres bizarros por meio da técnica da vivissecação.

O objetivo do médico é recriar o ser humano a partir de animais selvagens fazendo modificações físicas, o que ele tenta fazer dissecando bichos vivos para causar dor e assim, exaltar a humanidade existente em suas estranhas criações. Não dá muito certo, como é de se esperar, e problemas começam a surgir.

O que senti ao ler foi que o autor quis marcar que apenas o ser humano é humano, e por isso, um ser único, excepcional. Que não é só mais uma espécie na linha evolutiva, pois caso fosse, seria possível criar sem grandes problemas homens a partir de seres "geneticamente inferiores": seria necessário apenas fazer um "upgrade" em macacos, por exemplo.

Como a maioria dos livros de ficção científica, "A Ilha do Dr. Moreau" carrega crítica à ciência moderna, à ética e até mesmo à religião. É pequeno, de linguagem fácil e bem dinâmico, já que o narrador é o próprio personagem principal, o Prendick. Para quem não curte muito livro tem algumas histórias em quadrinhos que parecem ser bem legais e fiéis, além de filmes e um curta do Tim Burton.

Fiquem com Deus,
Camila.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mais um blog

Como todo blog recém criado, aqui vai a primeira postagem de apresentação.

Quem me conhece sabe que essa não é a primeira vez que crio um blog, muito pelo contrário... nem saberia dizer quantos eu já fiz e desisti. Bom, o que me incentivou dessa vez foram as férias. Porque? Não só porque terei mais tempo para postar, mas especialmente porque terei mais tempo para fazer uma das coisas que mais aprecio: ler.

Acho que uma prática tão maravilhosa como a leitura merece ser compartilhada pela internet. E é essa minha intenção com o Li Nesses Dias. Espero que por meio dele eu desperte curiosidade de alguém para o hábito de ler, ou que no mínimo, sirva de motivação aos que já são adeptos. Procurarei escrever toda semana sobre alguma leitura minha.

No momento tô acabando de ler um clássico da ficção científica (o meu gênero favorito, por sinal). Agora mesmo irei fazer um chá e terminar as últimas 27 páginas e, se eu ainda não sentir sono, postarei em seguida.

Boa noite,
Camila.