quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"A Ilha do Dr. Moreau"

Boa tarde,

Quis ler esse livro mais pelo fato de ser um clássico da ficção científica do que pelo meu gosto pelo autor: o H.G. Wells, lançador de grandes temas científicos como invasões alienígenas, manipulações genéticas e viagens no tempo. Até agora esse é o meu livro favorito dele entre os três que eu li.

Ele conta a aventura, ou melhor, a desventura, de um homem chamado Prendick que chega a uma ilha desconhecida depois de um naufrágio. O lugar é destinado a experiências do médico Moreau, onde ele se isola do mundo para criar seres bizarros por meio da técnica da vivissecação.

O objetivo do médico é recriar o ser humano a partir de animais selvagens fazendo modificações físicas, o que ele tenta fazer dissecando bichos vivos para causar dor e assim, exaltar a humanidade existente em suas estranhas criações. Não dá muito certo, como é de se esperar, e problemas começam a surgir.

O que senti ao ler foi que o autor quis marcar que apenas o ser humano é humano, e por isso, um ser único, excepcional. Que não é só mais uma espécie na linha evolutiva, pois caso fosse, seria possível criar sem grandes problemas homens a partir de seres "geneticamente inferiores": seria necessário apenas fazer um "upgrade" em macacos, por exemplo.

Como a maioria dos livros de ficção científica, "A Ilha do Dr. Moreau" carrega crítica à ciência moderna, à ética e até mesmo à religião. É pequeno, de linguagem fácil e bem dinâmico, já que o narrador é o próprio personagem principal, o Prendick. Para quem não curte muito livro tem algumas histórias em quadrinhos que parecem ser bem legais e fiéis, além de filmes e um curta do Tim Burton.

Fiquem com Deus,
Camila.

Um comentário: