Boa tarde,
Quis ler esse livro mais pelo fato de ser um clássico da ficção científica do que pelo meu gosto pelo autor: o H.G. Wells, lançador de grandes temas científicos como invasões alienígenas, manipulações genéticas e viagens no tempo. Até agora esse é o meu livro favorito dele entre os três que eu li.
Ele conta a aventura, ou melhor, a desventura, de um homem chamado Prendick que chega a uma ilha desconhecida depois de um naufrágio. O lugar é destinado a experiências do médico Moreau, onde ele se isola do mundo para criar seres bizarros por meio da técnica da vivissecação.
O objetivo do médico é recriar o ser humano a partir de animais selvagens fazendo modificações físicas, o que ele tenta fazer dissecando bichos vivos para causar dor e assim, exaltar a humanidade existente em suas estranhas criações. Não dá muito certo, como é de se esperar, e problemas começam a surgir.
O que senti ao ler foi que o autor quis marcar que apenas o ser humano é humano, e por isso, um ser único, excepcional. Que não é só mais uma espécie na linha evolutiva, pois caso fosse, seria possível criar sem grandes problemas homens a partir de seres "geneticamente inferiores": seria necessário apenas fazer um "upgrade" em macacos, por exemplo.
Como a maioria dos livros de ficção científica, "A Ilha do Dr. Moreau" carrega crítica à ciência moderna, à ética e até mesmo à religião. É pequeno, de linguagem fácil e bem dinâmico, já que o narrador é o próprio personagem principal, o Prendick. Para quem não curte muito livro tem algumas histórias em quadrinhos que parecem ser bem legais e fiéis, além de filmes e um curta do Tim Burton.
Fiquem com Deus,
Camila.
Livro ótimo! Nem sabia do curta do Burton.
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