Acabei de ler esse conto do William Gibson pela internet, autor que inspirou o filme "Matrix". O cara é um grande representante do cyberpunk-noir e criador da temática da era da informação antes mesmo do auge da internet. O que gosto dele é que seus livros são tão cheios de luzes, velocidade, termos da informática, dinamismo, transmissões, dualidade virtual x real... que a imaginação fica solta e indecisa.
Johnny Mnemonic não é exceção. O livro conta sobre um traficante de dados que é pago para armazenar informações confidenciais em sua cabeça por meio de um sistema implantado pela cibernética. Ele desconhece todo o conteúdo que carrega e a senha de acesso apenas o comprador do serviço sabe.
A história começa com um encontro do Johnny com um cliente em dívida em um bar, onde ele lança uma ameaça caso não pague logo. Daí desenrola toda a confusão e inicia a busca do Johhny para se livrar das memórias de ex-clientes que carrega, ou seja, começar a viver apenas com as suas próprias memórias.
É uma ótima leitura para os que gostam de uma ficção científica cyberpunk rápida recheada de tech-noir: sintetizadores, mulheres com calça de couro preto, unhas-lâminas, fuga de comerciantes, submundos escuros de anti-tecnologia e senhas inalcancáveis. Tem apenas 17 páginas e foi motivo de um filme (vagamente inspirado) em 1995, com o ator Keanu Reeves.
Gostei bastante da leitura. Alegrou minha noite e alimentou minha imaginação. Aí embaixo está uma parte do filme que mostra a primeira cena na qual um hacker precisa hackear sua própria mente. Ah, prometo que a próxima postagem não será sobre algum livro de ficção científica (sim, eu leio outras coisas).
Boa noite,
Camila.