sexta-feira, 9 de março de 2012

"A Filosofia Perene"

Olá, boa tarde.

Então, a minha longa ausência por aqui tem uma boa explicação: estive mergulhada em um livro faz uns 6 meses. Um maravilhoso livro sobre o qual venho postar hoje: Ele se chama "A Filosofia Perene" e é do Aldous Huxley, escritor inglês, humanista e gênio do sci fi.

Como não sei bem como começar a escrever sobre essa fantástica obra. Vou falar da capa, que diz muito em um simples símbolo. É a imagem do círculo da serpente da eternidade. Representa a idéia de tempo cósmico, o final é engolido pelo começo e que tudo se originou de um Fonte.



Tá, mas o que seria filosofia perene? É a filosofia da verdade perene, a verdade eterna. Representa a unidade transcendente de todas as religiões e filosofias, ou seja, de que acima de todos os diferentes dogmas e crenças periféricas, existe uma Verdade que permeia tudo. E é exatamente disso que o livro trata; traz a tona os mais diversos assuntos como a natureza do Divino ou Nada, a caridade, a fé, a contemplação, a idolatria, o tempo, o sofrimento e os rituais.

É uma leitura fantástica para qualquer pessoa. Abre a mente para questões que talvez você não pararia para pensar sozinho, citando sempre de maneira explicativa e exemplificativa trechos de livros sagrados e grandes imagens das mais diversas correntes de pensamento. E o melhor é o caráter não apelativo do livro: não te força a acreditar em algo nem tem um posicionamento exclusivo, apenas te encaminha em um processo de pensamento, instigando a repensar sobre coisas pequenas e grandes da vida.

Foi o livro que mais curti ler, até hoje.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Os Ilhéus"

Boa tarde.

Encontrei por acaso essa fábula no email da minha professora de Introdução a Filosofia. Nem dei muita bola, mas quando comecei a ler achei genial. É uma mistura de um texto de ficção científica, texto de filosofia e um texto de religião.

A fábula foi escrita por Idries Shah, autor e mestre da tradição do sufismo, que consiste na corrente mais voltada à mística do Islamismo.

O texto conta sobre um povo, chamado El Ar, que descobre que sua terra se tornará inabitável por muitos e muitos anos, e por isso, foge para uma ilha. Apesar das semelhanças com a terra natal, a nova terra é bem diferente, o que força a uma adaptação às novas condições e um esquecimento da vida passada.


O interessante que acontece é que parte das pessoas passam a desejar voltar ao antigo lar e desenvolvem, assim, maiores habilidades e conhecimentos marítimos para que fosse possível. Mas daí desenrola uma grande rivalidade: parte do povo diz que não é preciso sair da ilha e que os navios que os outros tanto falam nunca nem foram vistos. "Arte, ofício, baraka, tolices!”, dizem os contrários à volta.

Segue-se então que se instala no povo o ideal de que um navio é algo "desagradável", "ruim", "loucura", "mania", e a sua construção um crime, algo repugnante. Deitar no chão e deixar uma outra pessoa ensinar a mexer os braços até aprender a nadar é considerada uma forma de "instrutores" dominarem incrédulos; uma epidemia, e por aí vai.

A maneira que a fábula conta sobre o voltar do homem pra Deus é impressionante, e de relativamente fácil compreensão para quem lê. Eu recomendo muito a leitura.

* Ilustração por Albino Kraken.

domingo, 2 de outubro de 2011

"The Wonderful Wizard of Oz"



Pessoalmente, acho "O Maravilhoso Mágico de Oz" simplesmente maravilhoso. E essa adaptação da Marvel superou toda a minha admiração pela história. Escrito por Eric Shanower, a história em quadrinhos procurou homenagear a grande obra de Frank Baum de forma bela, única e fiel.

Achei extremamente cativante e bonito. Em relação ao visual, não apenas o traço é lindo, mas especialmente as cores. O colorista Skottie Young fez um trabalho estupendo. Foi até difícil escolher quais imagens colocar aqui.


Em relação ao enredo, gostei muito porque mostrou facetas que não são retratadas no filme de Victor Fleming, por exemplo. É mais profunda. Todo mundo conhece, mas se trata de uma garota de Kansas, chamada Dorothy, que acidentalmente voa para a mágica Terra de Oz de sua casa, caindo em cima da Bruxa Má do Oeste. A partir daí ela encontra e ajuda interessantes seres, mas o que ela mais quer mesmo é voltar para seu lar.

Comprei e não me arrependi. Tem a continuação também, que infelizmente ainda não li. Se intitula "The Marvelous Land of Oz", também da Marvel Classics. Bom, se você admira o clássico, leia.